domingo, 3 de agosto de 2014

PAPA CHORA AO SABER SOBRE CRISTÃOS CRUCIFICADOS NA SÍRIA


Sumo pontífice fez a revelação durante missa diária em sua casa no Vaticano

O papa Francisco confessou ter chorado ao saber da notícia de que alguns cristãos tinham sido crucificados na Síria nos últimos dias, disse nesta sexta-feira durante a homilia da missa que realiza a cada manhã em sua residência no Vaticano. “Eu chorei quando vi nos meios de comunicação a notícia de que cristãos foram crucificados em certo país não cristão”, explicou o papa em referência ao acontecimento durante a guerra civil síria.
Citando passagens da Bíblia e a perseguição dos primeiros cristãos, o papa acrescentou que “hoje também há gente assim, que, em nome de Deus, mata e persegue”. Em relação à perseguição, Francisco lembrou que “existem países em que você pode ser preso apenas por levar o Evangelho”. Há poucos dias, o site da Rádio Vaticano publicou as declarações de uma freira, a irmã Raghida, que tinha estado na Síria e denunciou que cristãos estavam sendo crucificados em povoados ocupados por grupos de muçulmanos extremistas.

Crucificados –  Nesta quarta-feira o Observatório  Sírio  dos  Direitos Humanos, entidade civil sediada em Londres, divulgou imagens  que seriam de cristãos crucificados publicamente na cidade de  Raqqa, no norte da  Síria. A  imprensa  internacional  não  conseguiu  provar a autenticidade das fotos e nem quando  teriam ocorrido  as   crucificações. Também  não  está  claro  se  os  homens  foram   mortos  antes  ou  durante  a crucificação. 
Reprodução/Observatório Sírio de Direitos Humanos
Pesssoas observam homem crucificado em Raqqa, na Síria

Segundo a entidade, as mortes teriam sido obra do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), um grupo extremamente radical que sofre ataques inclusive de outras milícias muçulmanas que não concordam com suas ações. Ainda segundo o Observatório Sírio, os homens crucificados teriam realizado ataques com granada contra um dos militantes do grupo no início deste mês. Em uma faixa amarrada em torno de um dos homens mortos há a mensagem em árabe: "Este homem lutou contra os muçulmanos e jogou uma granada neste lugar".
No início deste ano, os cristãos de Raqqa foram informados pelos rebeldes extremistas que eles teriam de começar a pagar um ‘imposto de proteção’. Sua liberdade de culto também foi controlada drasticamente pelos membros do EIIL, que proibiram os cristãos de exibir símbolos religiosos fora das igrejas, orar em público, badalar sinos em templos, entre outras restrições.
(Com agências EFE e France-Presse)
Fonte: Veja-Abril

Nenhum comentário:

Postar um comentário