quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A SEMANA DO PAPA DE 16 A 22 DE FEVEREIRO/2015

Dia 16
Na segunda-feira dia 16 de fevereiro o Papa Francisco afirmou que “o crescente número de pobres interpela-nos e exige um maior impulso de solidariedade”. Esta sua declaração ocorreu numa audiência concedida pelo Santo Padre no Vaticano à associação "Pro Petri Sede". O Papa também assinalou na ocasião que na Quaresma os cristãos são chamados a dedicarem-se aos outros, especialmente aos que passam por privações.
Dia 17
Na terça-feira dia 17 o Papa Francisco ofereceu a Missa em Santa Marta pelos cristãos coptas assassinados às mãos dos ativistas do auto proclamado Estado Islâmico. Que o Senhor os acolha como mártires – afirmou o Santo Padre nomeando na sua mensagem Tawadros II – Patriarca da Igreja Copta Ortodoxa.
“Ofereçamos esta Missa pelos nossos 21 irmãos coptas, decapitados apenas pelo motivo de serem cristãos. Rezemos por eles, que o Senhor os acolha como mártires, pelas suas famílias, pelo meu irmão Tawadros, que sofre tanto.”
Também no dia 17 o Papa Francisco publicou a mensagem para o Dia Mundial da Juventude que se celebra a nível diocesano no Domingo de Ramos. Na sua mensagem o Santo Padre exorta os jovens a não banalizarem o amor, sobretudo quando se procura reduzi-lo apenas ao aspeto sexual, desvinculando-o das suas características essenciais de beleza, comunhão, fidelidade e responsabilidade.
Dia 18
Quarta-feira de Cinzas, 18 de fevereiro, na Audiência Geral o Papa Francisco propôs uma catequese sobre os irmãos:
“Irmão, irmã são palavras que o cristianismo ama muito. E, graças à experiência familiar, são palavras que todas as culturas e todas as épocas compreendem.”
O Santo Padre prosseguindo com a catequese sobre a família, recordou, antes de mais, o exemplo bíblico negativo de Caim e Abel e convidou-nos a pensar nos irmãos e irmãs afirmando que “a educação para a abertura aos outros a partir do vínculo de fraternidade entre os filhos do mesmo tronco familiar é a grande escola de liberdade e de paz.”
Nem sempre se pensa nesta dimensão – continuou o Papa Francisco – mas é precisamente a família que introduz a fraternidade no mundo: partindo desta primeira experiência, o estilo da fraternidade irradia como uma promessa para toda a sociedade e para as relações entre os povos.
“Ter um irmão ou uma irmã que gosta de ti, é uma experiência forte, impagável, insubstituível.”
No final da audiência o Papa Francisco lançou um apelo à oração pelos irmãos egípcios mortos nos últimos dias na Líbia:
“Gostaria de convidar ainda a rezar pelos nossos irmãos egípcios que, há três dias atrás, foram mortos na Líbia pelo simples facto de serem cristãos. O Senhor os acolha na sua casa e dê conforto às suas famílias e às suas comunidades. Rezemos pela paz no Médio Oriente e no Norte de África, recordando todos os defuntos, os feridos e os refugiados. Possa a Comunidade Internacional encontrar soluções pacíficas à difícil situação na Líbia.”
Na tarde de quarta-feira, dia 18 de fevereiro, o Papa Francisco presidiu à Missa com o rito da bênção e imposição das cinzas na Basílica de Santa Sabina em Roma.
Na sua homilia o Santo Padre afirmou que a Quaresma é o “tempo em que buscamos unir-nos mais estreitamente ao Senhor Jesus Cristo para partilhar o mistério da sua paixão e da sua ressurreição” – disse o Papa Francisco que acentuou ser a Quaresma um tempo de conversão interior e exortou, especialmente os ”sacerdotes", a pedirem neste início de Quaresma o dom das lágrimas, “de modo a tornar a oração e o caminho de conversão sempre mais autêntico e sem hipocrisia:
"Vai fazer bem a todos, mas especialmente a nós sacerdotes, no início desta Quaresma, pedir o dom das lágrimas, para tornar a nossa oração e o nosso caminho de conversão sempre mais autênticos e sem hipocrisia. Vai fazer bem perguntarmo-nos: "Eu choro? O Papa chora? Os cardeais choram? Os bispo choram? Os consagrados choram? Os sacerdotes choram? O choro está nas nossas orações?”
Dia 19
Quinta-feira, 19 de fevereiro – Feliz o homem que confia no Senhor – foi o que afirmou o Papa Francisco na sua homilia na Missa na Casa de Santa Marta. No centro da reflexão do Santo Padre a Leitura do Livro do Deuteronómio, em que Deus diz a Moisés: “Repara que coloco hoje diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal. Assim, ordeno-te hoje que ames o Senhor, teu Deus, que andes nos seus caminhos…”
“Um caminho errado é o de procurar sempre o próprio sucesso, os próprios bens, sem pensar no Senhor e sem pensar na família.”
Uma pessoa pode ganhar tudo, mas no final, pode-se tornar num fracassado e aquela vida torna-se numa falência, pois não soube escolher entre a vida e a morte – afirmou o Santo Padre que sublinhou esta frase do Salmo 1: ‘Feliz o homem que confia no Senhor’.
Dia 20
No dia 20, sexta-feira, o Papa Francisco recebeu os bispos da Ucrânia presentes no Vaticano em visita Ad Limina Apostolorum e nas palavras que lhes dirigiu o Santo Padre recordou a situação de grave conflito que vive este país e que se está a arrastar já por vários meses continuando a ceifar muitas vidas inocentes e a causar grandes sofrimentos a toda a população. O Papa disse aos bispos para procurarem a “paz possível”.
Na Missa em Santa Marta, na sexta-feira, o Papa Francisco afirmou que jamais se pode usar Deus para cobrir a injustiça e exortou os cristãos a serem coerentes:
Segundo o Santo Padre, os cristãos, especialmente na Quaresma, são chamados a viver coerentemente o amor a Deus e o amor ao próximo. E devem recusar condutas meramente exteriores que servem para cobrir a injustiça:
“Quantos homens e mulheres têm fé mas dividem as tábuas da lei: ‘Sim, eu faço isso... mas tu dás esmola? Sim, sim, sempre mando um cheque para a Igreja. Ah, então está bem... Mas na tua Igreja, na tua casa, com quem depende de ti: filhos, avós, funcionários, tu és generoso, és justo? Não se pode fazer ofertas à Igreja e pelas costas, ser injusto com os teus funcionários. Este é um pecado gravíssimo: usar Deus para cobrir a injustiça”. 
Dia 21
No sábado dia 21 o Papa Francisco recebeu em audiência a Chanceler alemã Angela Merkel com quem falou sobre a luta à pobreza. No final da manhã o Santo Padre recebeu na Sala Paulo VI uma delegação da Diocese italiana de Cassano allo Jonio. Na ocasião afirmou que os cristãos não podem fazer “gestos de violência contra os outros e contra o ambiente”, numa clara alusão à máfia calabresa.
Dia 22
No Angelus na Praça de S. Pedro, neste Primeiro Domingo da Quaresma o Papa Francisco afirmou que este é um tempo de luta contra as insídias do demónio e desta luta nasce a conversão dos corações. O Papa pediu as orações de todos para os seus exercícios espirituais e da Cúria Romana que se iniciaram neste domingo na Casa do Divino Mestre em Ariccia. A seguir à oração do Angelus o Papa fez distribuir aos presentes um pequeno livrinho de bolso para a reflexão pessoal na Quaresma. As cerca de 50 mil cópias do livro “Guardar o coração” foram distribuídas aos fiéis por pessoas sem-abrigo. Trata-se de um livro para ajudar os cristãos a guardarem o lugar do Espírito Santo que é o coração. Para tal o Santo Padre nesta Quaresma recomenda um exame de consciência diário que seja um momento para estar em silêncio consigo próprio e com Deus.
E com o Angelus deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 16 a 22 de fevereiro. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa. (RS)
(from Vatican Radio)

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