sexta-feira, 20 de novembro de 2015

COMO NASCE UMA VOCAÇÃO SACERDOTAL OU RELIGIOSA ?


Neste espaço dedicado ao Ano da Vida Consagrada, hoje vamos falar de como nasce uma vocação sacerdotal ou religiosa. Na verdade, não há uma receita nem um manual para identificar um chamado.

Cada consagrado amadureceu seu percurso de maneira diferente. Às vezes, há um fato determinante e marcante que indica o caminho, outras vezes, o chamado não é tão evidente e é preciso lapidá-lo.

Esta, por exemplo, foi a experiência da salesiana Gisele Rodrigues Coelho, de São Paulo, cuja vocação começou com um empurrãozinho de sua mãe, que num momento de dúvida de sua filha sobre o que fazer da sua vida ao completar 18 anos, foi questionada sobre o por que não seguir a vida consagrada como freira, já que gostava tanto de frequentar a igreja. Após um momento de dúvida e reflexão, encontrou o seu caminho de dedicação à Jesus.

Já para o paranaense Adilson Janovski, Irmão Marista, o chamado ocorreu através dos meios de comunicação, quando Irmãos Maristas fizeram a divulgação da sua congregação em uma TV do Paraná e ele se sentiu atraído e procurou os irmãos daquela congregação, vindo a ingressar na mesma e estando até hoje.

Existe ainda a experiência de um padre que conheço, que ama o seu sacerdócio, e que teve a sua experiência do chamado de Deus para a vida sacerdotal quando ainda muito jovem. Vindo do Sertão de Alagoas, sozinho, para o Rio de Janeiro, um dia foi chamado a participar de um Evento de Jovens numa igreja e lá assistiu a uma palestra de outro jovem que lhe tocou profundamente. Ficou confuso, pois não sabia ainda o que estava acontecendo, mas se sentiu também impelido a procurar um sacerdote que o orientou nos primeiros passos da sua vocação sacerdotal.

Outra experiência significativa é a do próprio Papa Francisco. Para o Pontífice, seu chamado ocorreu em dia e lugar precisos: 21 de setembro de 1953, num confessionário. E ele recordou este momento no encontro mundial dos jovens consagrados, há pouco menos de um mês:

“Mas não sei como foi. Sei que por acaso, entrei na igreja, vi um confessionário e saí diferente, saí de outra maneira. Ali a vida mudou. E o que me fascinou do Jesus do Evangelho? Não sei... a sua proximidade de mim: o Senhor nunca me deixou sozinho, nem sequer nos momentos piores e escuros, nos momentos dos pecados... Nem sequer naqueles momentos, o Senhor me deixou sozinho. E não só a mim, a todos. O Senhor nunca abandona ninguém.

E eu senti esta chamada para ser sacerdote e religioso. O sacerdote que me confessou naquele dia, que eu não conhecia, estava ali por acaso, porque tinha leucemia, estava a ser curado e faleceu um ano mais tarde. E depois guiou-me um Salesiano, um Salesiano que me tinha batizado. Fui ter com ele e ele orientou-me para os Jesuítas... Ecumenismo religioso! Mas nos momentos mais difíceis, nunca me ajudou tanto a memória daquele primeiro encontro, porque o Senhor nos encontra sempre definitivamente, o Senhor não entra na cultura do provisório: Ele ama-nos para sempre, acompanha-nos para sempre.”

Como vimos, Deus chama os escolhidos de diversas formas. O importante é perceber o chamado e abrir o coração a essa experiência totalmente nova e radical, sem medo e sem muitos questionamentos, pois o Senhor, como nos diz o Papa Francisco, sempre estará conosco em todos os momentos, fortalecendo o nosso coração para aceitarmos com entusiasmo e firmeza essa experiência arrebatadora.

E você que está incomodado, meio confuso e sentindo um sentimento diferente em seu coração. Já se perguntou se não é o próprio Jesus te chamando a serví-lo através de uma vocação sacerdotal ou religiosa?

Abra seu coração a ELE !

Fontes: Rádio Vaticano / Blog a Igreja Católica no Mundo


Nenhum comentário:

Postar um comentário