Esses lembretes e canais da graça
de Deus podem acompanhar você aonde quer que você vá, em meio às tantas
atividades do cotidiano!
Os sacramentais estão
entre as práticas religiosas menos compreendidas de modo adequado pelos
católicos.
Eles fazem parte da vida na Igreja desde
o início do cristianismo, mas são vistos por muita gente, de forma errônea,
como uma espécie de “superstição”. De fato, ao longo dos séculos, muitos
católicos têm usado os sacramentais de modo supersticioso por falta de
compreensão do seu verdadeiro sentido: em
vez de instrumentos da graça de Deus, eles são tratados como objetos “mágicos”,
coisa que não são.
Os sacramentais servem para enriquecer a
nossa vida espiritual, não para prejudicá-la. Eles foram instituídos pela
Igreja para incentivar em nós um relacionamento cada vez mais profundo com
Cristo e para nos ajudar a focar na santificação de cada parte da nossa vida,
inclusive nas mais singelas e cotidianas. Os sacramentais são extensões dos
sete sacramentos e nos ajudam a enxergar e acolher a graça de Deus no nosso
dia-a-dia.
Um lugar onde os sacramentais são
especialmente poderosos é o lar: se os usarmos com espírito de fé, os
sacramentais podem nos distanciar de perigos espirituais e nos inspirar a viver
uma vida santa, dedicada a Deus na prática de cada dia.
Mas não é só em casa que podemos usá-los:
também é recomendável conservar sacramentais junto a nós em nosso carro,
no local
de trabalho e
até dentro da bolsa, da pasta, da mochila ou
mesmo do bolso!
É o caso dos seguintes:
Água benta
É suficiente uma pequena garrafinha, que
seja fácil e prática para transportar no dia-a-dia: peça que o seu pároco
abençoe a água para você.
A água benta tem o duplo significado de
nos lembrar do nosso batismo e simbolizar a limpeza espiritual. É usada
inclusive em exorcismos: o diabo não suporta a água benta porque é inteiramente
impuro, imundo para toda a eternidade. Ela evoca a água que fluiu do lado de
Cristo, símbolo do batismo, e traz à mente o dia da derrota do diabo: a
crucificação de Cristo para nos redimir do pecado e nos oferecer a salvação.
Um antigo costume era fixar recipientes
com água benta em algumas paredes da casa: podiam ser simples copos de louça,
em cuja água benta cada morador da casa tocava antes de fazer o Sinal da Cruz,
acolhendo assim a bênção de Deus. Era frequente que esses recipientes simples,
porém dignos, estivessem fixados perto das portas, de modo que as pessoas
recorressem a eles ao saírem e retornarem à casa, ou dentro dos quartos dos
membros da família, como convite a se manterem sempre puros e próximos de Deus.
A água benta também ficava sempre ao alcance quando se desejava de modo
especial afastar as influências do maligno.
O Crucifixo
É um dos sacramentais mais simples para
se levar consigo. Um pequeno crucifixo sempre presente no seu cotidiano pode
ser um poderoso lembrete do grande amor que Deus tem por você, além de ser um
sinal visível de fé para os seus colegas e amigos que tiverem a oportunidade de
ver que você o conserva com devoção, naturalidade e simplicidade (sem pretender
se exibir, é claro).
Um crucifixo perto de nós nos diversos
ambientes mundanos do dia-a-dia pode ser um meio da graça para sacudir a nossa
consciência quando nos sentimos tentados, seja por futilidades aparentemente
banais, seja por atos abertamente prejudiciais à nossa saúde psicológica e
espiritual. O olhar do Cristo crucificado voltado ao nosso olhar nos chama de
volta à verdade!
De preferência, peça a um sacerdote para
abençoar o crucifixo para você!
O Rosário
Oferecida por Maria Santíssima durante
uma aparição em 1214 a São Domingos de Gusmão, a oração do rosário é uma
contemplação dos mistérios da vida de Jesus, em união com Nossa Senhora,
enquanto recitamos, em séries, o Pai-Nosso, a Ave-Maria e o Glória com o
auxílio de uma corrente de contas ou nós, que também recebe o nome de
“rosário”.
O termo vem de “rosa” e representa a
oferta de rosas espirituais a Nossa Senhora. Já o nome “terço” se refere à
oração de apenas uma das três partes do tradicional rosário completo, formado
por três conjuntos de mistérios: Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. São João Paulo
II acrescentou ainda os Luminosos, mas o termo “terço” continuou a ser usado
mesmo assim.
Fonte: Aleteia