terça-feira, 21 de janeiro de 2020

TRÊS PODEROSOS SACRAMENTAIS PARA SE MANTER NA BOLSA, NA PASTA, MOCHILA OU ATÉ NO BOLSO



Esses lembretes e canais da graça de Deus podem acompanhar você aonde quer que você vá, em meio às tantas atividades do cotidiano!

Os sacramentais estão entre as práticas religiosas menos compreendidas de modo adequado pelos católicos.

Eles fazem parte da vida na Igreja desde o início do cristianismo, mas são vistos por muita gente, de forma errônea, como uma espécie de “superstição”. De fato, ao longo dos séculos, muitos católicos têm usado os sacramentais de modo supersticioso por falta de compreensão do seu verdadeiro sentido: em vez de instrumentos da graça de Deus, eles são tratados como objetos “mágicos”, coisa que não são.

Os sacramentais servem para enriquecer a nossa vida espiritual, não para prejudicá-la. Eles foram instituídos pela Igreja para incentivar em nós um relacionamento cada vez mais profundo com Cristo e para nos ajudar a focar na santificação de cada parte da nossa vida, inclusive nas mais singelas e cotidianas. Os sacramentais são extensões dos sete sacramentos e nos ajudam a enxergar e acolher a graça de Deus no nosso dia-a-dia.

Um lugar onde os sacramentais são especialmente poderosos é o lar: se os usarmos com espírito de fé, os sacramentais podem nos distanciar de perigos espirituais e nos inspirar a viver uma vida santa, dedicada a Deus na prática de cada dia.

Mas não é só em casa que podemos usá-los: também é recomendável conservar sacramentais junto a nós em nosso carro, no local de trabalho e até dentro da bolsa, da pasta, da mochila ou mesmo do bolso!

É o caso dos seguintes:

Água benta



É suficiente uma pequena garrafinha, que seja fácil e prática para transportar no dia-a-dia: peça que o seu pároco abençoe a água para você.

A água benta tem o duplo significado de nos lembrar do nosso batismo e simbolizar a limpeza espiritual. É usada inclusive em exorcismos: o diabo não suporta a água benta porque é inteiramente impuro, imundo para toda a eternidade. Ela evoca a água que fluiu do lado de Cristo, símbolo do batismo, e traz à mente o dia da derrota do diabo: a crucificação de Cristo para nos redimir do pecado e nos oferecer a salvação.

Um antigo costume era fixar recipientes com água benta em algumas paredes da casa: podiam ser simples copos de louça, em cuja água benta cada morador da casa tocava antes de fazer o Sinal da Cruz, acolhendo assim a bênção de Deus. Era frequente que esses recipientes simples, porém dignos, estivessem fixados perto das portas, de modo que as pessoas recorressem a eles ao saírem e retornarem à casa, ou dentro dos quartos dos membros da família, como convite a se manterem sempre puros e próximos de Deus. A água benta também ficava sempre ao alcance quando se desejava de modo especial afastar as influências do maligno.

O Crucifixo


É um dos sacramentais mais simples para se levar consigo. Um pequeno crucifixo sempre presente no seu cotidiano pode ser um poderoso lembrete do grande amor que Deus tem por você, além de ser um sinal visível de fé para os seus colegas e amigos que tiverem a oportunidade de ver que você o conserva com devoção, naturalidade e simplicidade (sem pretender se exibir, é claro).

Um crucifixo perto de nós nos diversos ambientes mundanos do dia-a-dia pode ser um meio da graça para sacudir a nossa consciência quando nos sentimos tentados, seja por futilidades aparentemente banais, seja por atos abertamente prejudiciais à nossa saúde psicológica e espiritual. O olhar do Cristo crucificado voltado ao nosso olhar nos chama de volta à verdade!

De preferência, peça a um sacerdote para abençoar o crucifixo para você!



O Rosário


Oferecida por Maria Santíssima durante uma aparição em 1214 a São Domingos de Gusmão, a oração do rosário é uma contemplação dos mistérios da vida de Jesus, em união com Nossa Senhora, enquanto recitamos, em séries, o Pai-Nosso, a Ave-Maria e o Glória com o auxílio de uma corrente de contas ou nós, que também recebe o nome de “rosário”.


O termo vem de “rosa” e representa a oferta de rosas espirituais a Nossa Senhora. Já o nome “terço” se refere à oração de apenas uma das três partes do tradicional rosário completo, formado por três conjuntos de mistérios: Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. São João Paulo II acrescentou ainda os Luminosos, mas o termo “terço” continuou a ser usado mesmo assim.

Fonte: Aleteia

domingo, 19 de janeiro de 2020

260 MILHÕES DE CRISTÃOS, OU 1 EM CADA 8, SOFRERAM PERSEGUIÇÃO EM 2019




ONG Open Doors: aumentou em 15 milhões o total de cristãos que sofrem discriminação em níveis “alto”, “muito alto” e “extremo”

A organização norte-americana Open Doors (Portas Abertas), que monitora a situação dos cristãos perseguidos no mundo, apresentou o seu relatório anual baseado no período de 1º de novembro de 2018 a 31 de outubro de 2019, analisando cerca de 100 países.

O levantamento aponta que 1 a cada 8 cristãos sofre perseguição por causa da fé, o que equivale a 260 milhões de pessoas. Na comparação com o período anterior, aumentou em 15 milhões o total de cristãos que sofrem discriminação em níveis “alto”, “muito alto” e “extremo”.

Embora o número de cristãos assassinados tenha caído de 4.305 para 2.983, aumentou a quantidade de ataques contra igrejas, totalizando 9.488 entre incêndios, depredações, profanações, assaltos e atos de vandalismo.

No período coberto pelo último relatório, 3.711 cristãos foram presos em decorrência direta da própria vivência da fé.

Cristian Nani, diretor do Open Doors, comenta sobre os casos monitorados:

“São vários parâmetros que analisamos: discriminação, violência, exclusão do trabalho, da saúde e do atendimento médico, leis que proíbem a existência de cristãos ou leis contra as conversões que são usadas contra os cristãos”.

A Coreia do Norte continua sendo o país em que a perseguição é mais intensa: como o ateísmo é obrigatório por conta da ideologia comunista imposta à população, quem for identificado como cristão é enviado a campos de trabalho forçado e tortura.

A lista prossegue com o Afeganistão, onde os cristãos podem ser condenados à morte precisamente por serem cristãos, e com a Somália, onde o grupo terrorista islâmico Al-Shabaab, que controla vastas áreas, já declarou que pretende “limpar o país de todos os cristãos”.


Mesmo o “civilizado” Ocidente registra cada vez mais casos de hostilidades, incluindo violência física, assassinatos de religiosos e incêndios em igrejas

Thomas Heine-Geldern, presidente da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN, pela sigla em inglês adotada internacionalmente), foi enfático ao avaliar 2019 como um ano de calvário para os cristãos:

"Um ano de mártires. Um dos anos mais sangrentos da história para os cristãos."



O ápice foi o ataque a três igrejas no Sri Lanka, com mais de 250 mortos. A situação na China e na Índia também nos preocupa muito.

Na Europa Ocidental, políticos e líderes de opinião agora falam muito mais sobre liberdade religiosa. Fala-se mais, mas continua sendo feito muito pouco. É difícil acreditar que, num país como a França, mais de 230 ataques contra organizações cristãs tenham sido registrados durante 2019.

Os eventos no Chile também são impressionantes: 40 igrejas foram profanadas e danificadas desde meados de outubro.


Na véspera de Natal, a aldeia cristã de Kwarangulum, no estado de Borno (Nigéria), foi atacada por jihadistas que mataram sete pessoas, sequestraram uma jovem e incendiaram as casas e a igreja. Um dia depois, um grupo independente do Estado Islâmico publicou um vídeo que, segundo as suas próprias declarações, exibe a execução de dez cristãos e um muçulmano no nordeste da Nigéria. Tudo isso nos entristece profundamente. Enquanto celebramos o Natal, outros choram e temem”.

Thomas Heine-Geldern citou como exemplo do aumento da consciência ocidental sobre o drama da perseguição anticristã o vídeo natalino gravado pelo príncipe Charles para a ACN, falando abertamente da perseguição aos cristãos e lançando um apelo à solidariedade. No entanto, o presidente da fundação pontifícia observou que ainda falta empenho concreto de muitas organizações internacionais na proteção à liberdade religiosa como direito humano fundamental.

A grande maioria dos casos de perseguição anticristã passa simplesmente em brancas nuvens pela autoproclamada “grande mídia”. Heine-Geldern menciona a situação em Burkina Faso, país da África Ocidental:


“Segundo as informações que temos, houve pelo menos sete ataques a comunidades católicas e protestantes, com 34 cristãos mortos, incluindo dois sacerdotes e dois pastores protestantes. Os nossos parceiros nos projetos falam de tentativa de desestabilizar o país, de estimular conflitos religiosos e desencadear violência”.

No tocante ao complicado panorama do Oriente Médio, Heine-Geldern recorda as palavras de dom Bashar Matti Warda, arcebispo de Erbil, no Iraque, sobre a situação que continua muito grave tanto no país quanto na vizinha Síria, e comenta:



“A invasão do Estado Islâmico terrorista é apenas um dos muitos ataques a essa comunidade de cristãos. Cada ataque diminuiu drasticamente o número de cristãos no Iraque e na Síria. A beleza do nosso trabalho, no entanto, é que, além da cruz e do sofrimento, também experimentamos bem de perto a grande entrega e amor de muitas pessoas. Por exemplo, na Síria: um país que ainda está em guerra e sofre suas consequências. Visitamos o país várias vezes nos últimos anos. É muito impressionante ver que todos, leigos comprometidos, religiosos, sacerdotes e bispos, apoiados pela generosidade dos nossos doadores, estão fazendo todo o possível e o impossível para aliviar as necessidades espirituais e materiais do povo”.


Fonte: Aleteia