segunda-feira, 29 de março de 2021

NÚMERO DE CATÓLICOS NO MUNDO VOLTA A CRESCER, APONTA ANUÁRIO PONTIFÍCIO

 Papa Francisco diante de uma multidão na Praça de São Pedro. Crédito: Daniel Ibáñez / ACI Prensa

O Vaticano divulgou hoje, 26 de março de 2021, o anuário pontifício, com estatísticas que mostram que em 2019 o número de católicos aumentou 1,12% em relação ao anterior. O número de batizados em 2019 foi de 1,34 bilhões, o que significou um aumento de 16 milhões de pessoas comparado a 2018. A porcentagem de católicos na população mundial manteve-se na casa dos 17,7%.

O Departamento Central de Estatística da Igreja divulga periódicamente o número de católicos em todo o mundo, isto inclui o registro do número de bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, bem como diáconos permanente e seminaristas nas mais de 3000 circunscrições eclesiásticas (Dioceses, Arquidioceses, prelaturas, etc) em todo o plano. 


As cifras por continentes

O continente onde o catolicismo mais cresceu no mundo foi na África onde registrou-se um aumento de 3,4% do número de batizados em relação ao censo anterior.

Também houve crescimento nos continentes asiático e americano, sendo de 1,3% e 0,84% respetivamente, e na Oceânia (1,1%).

A situação na Europa, entretanto é diferente. Constata-se no velho continente uma “ligeira diminuição do número de católicos”, informou a Santa Sé.

Na América habita praticamente a metade do total de católicos do mundo (48,1%) seguindo-se a Europa (21,2%) e a África (18,7%). 


Sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas

O número de sacerdotes, quer diocesanos como religiosos, manteve-se estável nos 414 mil, com aumentos na África e Ásia (3,45% e 2,91%, respectivamente) e quedas na Europa e América (1,5% e 0,5% respectivamente). O número total de diáconos permanentes no entanto aumentou 1,5% em 2019, e hoje ultrapassa os 48 mil.

O número de religiosas em 2019 teve queda de 1,8% comparado a 2018, situando-se agora num total de 630 mil;

O mesmo ocorreu com o total de seminaristas que encolheu 1,6%, sendo hoje 114 mil candidatos ao sacerdócio.

O continente com maior número de seminaristas é a Ásia, com 33 821; seguido pela África, com 32 721; a América, com 30 664; a Europa, com 15 888; e a Oceania, com 964 seminaristas.

Nas 3.026 circunscrições eclesiásticas, informa o portal Vatican News em italiano, até o final de 2019 havia 5.364 bispos, com a América e a Europa continuando a representar 68,8% do total mundial do episcopado, seguida pela Ásia (com 15,2%), África (13,4%) e Oceania (2,6%).

No final de 2020, o Papa Francisco erigiu 2 sedes metropolitanas e 4 Episcopais (2 dioceses e 2 eparquias). Este mesmo ano 2 dioceses foram elevadas a sedes metropolitanas, e 2 prelaturas a sedes territoriais enquanto que 1 vicariato apostólico tornou-se diocese.

Fonte: ACI Digital

segunda-feira, 8 de março de 2021

NOVE MULHERES QUE FORAM EXEMPLARES PARA A IGREJA E O MUNDO


Desde o início do cristianismo até a atualidade, Deus suscitou mulheres que orientaram o seu povo na Terra

Há quem diga que a mulher não tem papéis importantes na Igreja. Entretanto, desde o início do cristianismo até a atualidade, Deus suscitou mulheres que orientaram o Povo de Deus, influenciando também no curso do Papado. Conheça 9 mulheres que foram exemplares para a Igreja.  


1. A Virgem Maria

VIRGIN MARY
Mbolina | Shutterstock

“Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou” (Jo 2,4), disse Jesus à sua Mãe nas Bodas de Caná, em um casamento ao qual ambos tinham sido convidados. Cristo escutou sua mãe, a primeira mulher que acolhe o Senhor e motiva o primeiro milagre conhecido da vida pública de Jesus.

Os primeiros séculos do cristianismo estão cheios de mulheres corajosas que não duvidaram em dar sua vida por Cristo, incentivando os demais cristãos a não fraquejar quando lhes chega o momento. 


2. Santa Hildegarda de Bingen

HILDEGARDA BINGEN
EAST NEWS

Mais tarde, durante a Idade Média, a Igreja já não era perseguida, mas vivia-se uma cultura machista, própria da época. Isto não foi impedimento para Santa Hildegarda de Bingen (1098-1179), religiosa beneditina de origem alemã, que chegou a ter uma séria de visões místicas.

Escreveu obras teológicas e de moral com notável profundidade e foi declarada Doutora da Igreja por Bento XVI no ano 2012, junto com São João d’Ávila. Sua popularidade fez com que muitas pessoas, entre bispos e abades, lhe pedissem conselhos.

“Quando o imperador Federico Barbarroja provocou um cisma eclesial, opondo 3 antipapas ao Papa legítimo, Alexandre III, Hildegarda, inspirada em suas visões, não hesitou em recordar-lhe que também ele, o imperador, estava submetido ao juízo de Deus”, contou o Papa Bento XVI em sua audiência geral sobre esta santa em 2010. 


3. Santa Catarina de Sena

SAINT CATHERINE OF SIENA
Public Domain

Posteriormente, apareceria outra mística e Doutora da Igreja, Santa Catarina de Sena (1347-1380), que vestiu o hábito da ordem terceira de Santa Domingo. Nesta época, os Papas viviam em Avignon (França) e os romanos se queixavam de ter sido abandonados por seus bispos, ameaçando com o cisma.

Gregório XI fez um voto secreto a Deus de regressar a Roma e ao consultar Santa Catarina, ela lhe disse: “Cumpra com sua promessa feita a Deus”. O Pontífice ficou surpreso porque não tinha contado a ninguém sobre o voto e, mais tarde, o Santo Padre cumpriu sua promessa e voltou para a Cidade Eterna.

A Santa também escreveu a Urbano VI, exortando-o a levar com temperança e alegria os problemas, controlando o temperamento. Santa Catarina foi a Roma, a pedido do Papa, que seguiu suas instruções. A Santa também escreveu aos reis da França e Hungria para que deixassem o cisma. Toma uma mostra de defesa do papado. 


4. Santa Teresa de Jesus

SAINT THERESE OF AVILA
Public Domain

Com a aparição do protestantismo, a Igreja se dividiu e foi realizado o Concílio de Trento. Estes são os anos de Santa Teresa de Jesus (1515-1582), religiosa contemplativa que marcou a Igreja com sua reforma carmelita.

Apesar de ter sido incompreendida, perseguida e até acusada na Inquisição, seu amor a Deus a impulsionou a fundar novos conventos e a optar por uma vida mais austera, sem vaidades, nem luxos. Submersa muitas vezes em êxtases, nunca deixou de ser realista.

Sendo Santa Teresa D’Ávila relativamente inculta, dialogava com membros da realeza, pessoas ilustres, membros eclesiásticos e santos de sua época para lhes dar conselhos, receber ajuda e levar adiante o que havia se proposto. Tornou-se escritora mística e é também Doutora da Igreja. 


5. Santa Rosa de Lima

Santa Rosa de Lima
Creative Commons

Do outro lado do mundo, na América, mais precisamente no Peru, Santa Rosa de Lima (1586-1617) tomou Santa Catarina de Sena como modelo e se omitiu àqueles que a pretendiam por sua grande beleza, para poder viver em virgindade, servindo aos pobres e doentes.

“Provavelmente, não houve na América um missionário que com suas pregações tenha conquistado mais conversões do que as que Rosa de Lima obteve com sua oração e suas mortificações”, disse o Papa Inocêncio IX ao se referir à primeira Santa da América.

São João Paulo II disse sobre a santa que sua vida simples e austera era “testemunho eloquente do papel decisivo que a mulher teve e segue tendo no anúncio do Evangelho”. 


6. Santa Teresa de Lisieux

LISIEUX
carmelites.net

Do amor dos santos esposos franceses Louis Martin e Zélia Guérin, canonizados em outubro de 2015, nasceu Santa Teresa de Lisieux (1873-1897), Doutora da Igreja e padroeira universal das missões.

Santa Teresa viveu somente 24 anos. Um ano depois de sua morte, a partir de seus escritos, foi publicado o livro “História de uma alma”, que conquistou o mundo porque deu a conhecer o muito que esta religiosa tinha amado Jesus.

“Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face é a mais jovem dos ‘Doutores da Igreja’, mas seu ardente itinerário espiritual manifesta tal maturidade, e as intuições de fé expressas em seus escritos são tão vastas e profundas, que lhe merecem um lugar entre os grandes professores do espírito”, disse São João Paulo II sobre esta santa.

O Papa Francisco também comentou em diversas ocasiões a profunda devoção que o une a esta santa e compartilhou em uma de suas viagens que antes de cada viagem ou diante de uma preocupação, costuma pedir “uma rosa”. 


7. Santa Edith Stein

©KNA-Bild/CIRIC
Edith Stein prima di entrare nel Carmelo nel 1931

Durante a perseguição nazista no século XX, surgiu na Europa outra grande mulher, convertida do judaísmo, religiosa carmelita descalça e mártir, Santa Edith Stein, também conhecida como Santa Teresa Benedita da Cruz (1891-1942).

Junto com outros judeus conversos, foi levada ao campo de concentração de Westerbork em vingança das autoridades pelo comunicado de protesto dos bispos católicos dos Países Baixos contra as deportações de judeus.

Santa Edith foi transferida para Auschwitz, onde morreu nas câmaras de gás, junto com sua irmã Rosa, também convertida ao catolicismo, e muitos outros de seu povo.

São João Paulo II diria sobre ela: “Uma filha de Israel, que durante a perseguição dos nazistas permaneceu, como católica, unida com fé e amor ao Senhor Crucificado, Jesus Cristo, e, como judia, ao seu povo”. 


8. Santa Teresa de Calcutá

© Túrelio

O testemunho de Santa Teresa de Calcutá (1910-1997) de servir a Cristo nos “mais pobres entre os pobres” ensinou que a maior pobreza não estava nos subúrbios de Calcutá, mas nos países “ricos” quando falta o amor ou nas sociedades que permitem o aborto.

“Para poder amar, é preciso ter um coração puro e é preciso rezar. O fruto da oração é o aprofundamento da fé. O fruto da fé é o amor. E o fruto do amor é o serviço ao próximo. Isso nos conduz à paz”, dizia a também ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1979.

Em sua canonização em outubro de 2016, o Papa Francisco disse que “Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados. Comprometeu-se na defesa da vida, proclamando incessantemente que ‘quem ainda não nasceu é o mais fraco, o menor, o mais miserável’”. 


9. Santa Gianna Beretta Molla

© José Luiz Bernardes Ribeiro | CC BY-SA 3.0
St. Gianna Beretta-Molla: "Pray, pray well, pray a lot."

Para encerrar esta lista de grandes mulheres que mudaram o mundo e a história, recordamos Santa Gianna Beretta Molla (1922-1962). Esta santa italiana adoeceu de câncer e decidiu continuar com a gravidez de seu quarto filho, em vez submeter-se a um aborto, como lhe sugeriam os médicos para salvar sua vida.

Gianna estudou medicina e se especializou em pediatria. Seu trabalho com os doentes se resumia na seguinte frase: “Como o sacerdote toca Jesus, assim nós, os médicos, tocamos Jesus nos corpos de nossos pacientes”.

Casou-se com o Pietro Molla, com quem teve quatro filhos. Durante toda sua vida, conseguiu equilibrar seu trabalho com sua missão de mãe de família.

Gianna morreu em 28 de abril de 1962, aos 39 anos, uma semana depois de ter dado à luz. Foi canonizada em 16 de maio de 2004 pelo Papa João Paulo II, que a tornou padroeira da defesa da vida.

Fonte: ACI Digital

sexta-feira, 5 de março de 2021

PAPA INICIA VIAGEM AO IRAQUE COMO MENSAGEIRO DA PAZ

 

Visita é a primeira de um pontífice no país e a primeira de Francisco após o inicio da pandemia



Papa inicia viagem ao Iraque como mensageiro da paz. A visita é a primeira de um pontífice no país e a primeira de Francisco após o inicio da pandemia. 33a. Viagem Apostólica tem como lema: “Sois todos irmãos”.  

O Santo Padre dirigiu-se ao Aeroporto de Fiumicino, em Roma, nesta manhã, onde se despediu de Dom Gino Reali, bispo da Diocese de Porto-Santa Rufina, cuja jurisdição está o Aeroporto Internacional.

Ao subir as escadas do avião, o Papa saudou parte da tripulação e acenou para os presentes no Aeroporto. O Pontífice utiliza máscara de proteção e os cuidados sanitários estão sendo tomados.

O avião decolou às 7h45. A bordo do voo, acompanha a viagem uma imagem de Nossa Senhora de Loreto.

Antes da viagem

Antes de deixar a Casa Santa Marta, pouco antes das 7 horas, o Papa teve um encontro com 12 refugiados iraquianos. Os mesmos foram atendidos pela Comunidade de Santo Egídio e pela Cooperativa Auxilium. Estava presente no encontro o Esmoleiro Pontifício, cardeal Konrad Krajewski.

Acompanhantes da viagem

A bordo do voo está uma imagem de Nossa Senhora de Loreto. O séquito papal é formado, entre outros, pelo cardeal secretário de Estado Pietro Parolin e pelo prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandri. Também estão presentes o grão-mestre da Ordem Equestre do Santo Sepulcro, ex-núncio no Iraque e especialista em assuntos de Oriente Médio, cardeal Fernando Filoni.

Jornalistas

Os 75 jornalistas que acompanham o Pontífice no avião da Alitália serão saudados brevemente durante viagem de ida e, na volta, como de costume, dirigirão perguntas ao Pontífice, na já habitual entrevista ao término de cada Viagem Apostólica.

Previsão de chegada

O voo AZ 4000 do A330 da Alitália deverá aterrissar no Aeroporto Internacional de Bagdá ao meio-dia (8h de acordo com o horário de Brasília). Bagdá será a primeira etapa da visita.

O avião percorre 2.947 km em 4h30 e sobrevoa Grécia, Chipre, Israel, Jordânia, além de, naturalmente, Itália e Iraque. O Papa será recebido pelo primeiro-ministro, com quem manterá um breve encontro e a quem presenteará um Trítico, uma medalha de prata e uma edição especial da “Fratelli tutti”. 

Telegrama ao Presidente Mattarella

Ao deixar o território italiano, Francisco enviou o habitual telegrama ao Presidente da República Sergio Mattarella com o desejo de prosperidade e serenidade estendido a toda a população.

Em resposta o agradecimento do Chefe de Estado e a ênfase de que a presença do Papa no Iraque “representa para as martirizadas comunidades cristãs daquele país e de toda a região, um testemunho concreto de proximidade e de paterna solicitude”.

Mattarella também destacou que a visita iraquiana é “um sinal de continuidade após a Viagem Apostólica aos Emirados Árabes Unidos” e “mais um passo no caminho traçado pela declaração sobre a fraternidade humana”.


Fonte: Canção Nova