sexta-feira, 5 de novembro de 2021

A CERTEZA DO CÉU

 

O Cardeal Comastri, Arcipreste emérito da Basílica de São Pedro, gosta de contar uma experiência pessoal que o impressionou profundamente: “Um dia, quando eu estava em Roma esperando   um táxi com Madre Teresa para nos levar ao Vaticano, um carro  que estava passando parou e o motorista, que tinha reconhecido    Madre Teresa, perguntou feliz: ‘Madre, o que é que a senhora       está esperando?’. ‘Estou esperando o Céu, meu filho’, respondeu Madre Teresa sem delongas.

 

Somente uma santa, que amava o Céu e o trazia em seu coração, poderia ter dado uma resposta assim, tão direta. Em nossa vida cotidiana, muitas vezes esquecemos que temos origem no Céu e que estamos a caminho do Céu. O Paraíso nos parece uma realidade nebulosa, perdida e fora do mundo, até mesmo “incerta”. Na melhor das hipóteses, para a maioria das pessoas, o Céu é algo muito distante, que se reprime ao longo da vida para não ter de se confrontar com a questão da morte e do “depois”. Mas será que Jesus não desceu do Céu à terra a fim de nos abrir o acesso à Pátria eterna?

“Arrependei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo”. Estas são as primeiras palavras da pregação pública de Jesus. Ele mesmo é o Reino dos Céus. Onde quer que o amor de Deus tenha chegado nesta terra, já se pode experimentar algo da realidade celestial. Jesus deu à sua Igreja as chaves do Reino dos Céus e aos sacerdotes o pleno poder de fazer descer o Céu a esta terra por meio dos sacramentos. Ele nos deu a si mesmo, o Pão do Céu, e o Espírito Santo como dom do Alto.

O Céu é a resposta definitiva a todo o mal

 

Todas as pessoas, até mesmo as que não têm fé, trazem em si uma esperança pelo Céu. Desejamos especialmente que os falecidos, que nos eram queridos, cheguem a um “Lugar de Felicidade” e que possamos um dia vê-los novamente. Ainda assim, em muitos lugares o Céu é ridicularizado, descartado como um consolo barato, e obscurecido pela violência, ódio e sofrimento no mundo. Mas, justamente porque há tanta injustiça e maldade, o Paraíso tem de existir. Não seria injusto se todo crime ficasse impune, se toda vítima de violência permanecesse para sempre apenas como vítima? O Céu é a resposta definitiva a todo o mal, a única que pode trazer justiça e reparação aos que, sendo inocentes, suportam o sofrimento.

Certa vez uma franciscana, a Irmã Sebalda, perguntou meio sem pensar a um menino paralítico: “Robi, você também não preferiria poder caminhar?”, o menino respondeu de modo espontâneo: “Sim, se não existisse um Paraíso, então gostaria, sim!” É a essas almas puras que pertence o Reino dos Céus. Nossa Senhora quer fazer-nos entender mais profundamente os segredos do Céu, especialmente no mês de outubro, através do Rosário. Ela nos entrega o Rosário como uma escada celeste que nos leva até Deus. Obrigado, caros amigos, porque por meio de sua fé e de seu amor, irradiam no mundo a glória e a alegria do Céu.

Pe. Martin M. Barta
Assistente Eclesiástico Internacional

Fonte: ACN - AIS

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