sexta-feira, 22 de maio de 2015

POR QUE MARIA ESTAVA EM PENTECOSTES ?


Pentecostes acontece 50 dias após a celebração da Páscoa do Senhor e foi neste período que Jesus apareceu algumas vezes para os discípulos. Em uma dessas aparições pediu que eles ficassem em Jerusalém esperando que se realizasse a promessa do Pai: “pois João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias” (Ato 1, 5). Eles então “unânimes, perseveraram na oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus...” (Ato 1, 14).
Acontece que os discípulos, nesse tempo em que ainda não haviam sido batizados com o Espírito Santo, pareciam estar perturbados, amedrontados e cheios de dúvidas. Como podemos ver no final do Evangelho de Lucas, não conseguiram acreditar no testemunho das mulheres que haviam visto Jesus Ressuscitado, se espantaram ao ver o corpo glorioso de Jesus (pensavam que se tratava de um espírito) e, pelo Evangelho de João, percebemos que estavam com medo dos judeus, que poderiam persegui-los por serem seguidores de Cristo.
Em meio a esse mar agitado de emoções e dúvidas, Maria surge como a Estrela Guia que conduz o barco da nascente Igreja refletindo a Luz do Sol que os discípulos ainda não conseguiam ver direito. De fato, Maria já tinha mostrado uma fortaleza incrível ao estar de pé junto a Cruz de seu Filho. Quando a fé de todos parece tremer, a de Maria permanece firme, sempre fundada na mesma Rocha firme. Se os discípulos estavam esperando o Espírito Santo, dela sabemos que está já “cheia de Graça” desde a sua Imaculada Conceição, fato que ficou ainda mais explícito no anúncio feito pelo Anjo Gabriel quando Maria, ainda jovem, aceita a sua missão de ser Mãe de Jesus.
 
Maria fazia o que sempre irá fazer: reunir os seus filhos para entregá-los a Jesus de uma maneira mais profunda.
Por isso, não é estranho que Maria esteja com os discípulos no cenáculo, rezando com eles. Jesus já tinha feito explícita a missão da maternidade espiritual de Maria dizendo a João: “Eis ai a tua mãe! “ (Ver Jo 19, 27). Não é difícil imaginar que ela estaria inclusive sustentando a fé dos discípulos que estava vacilante. Maria, nesse momento, está fazendo o que continuará a fazer para sempre: reunir os seus filhos para entregá-los a Jesus de uma maneira mais profunda.
Hoje podemos recorrer à sua ajuda maternal para crescer a nossa fé. Na verdade, esse deve ser um dos desejos mais intensos de Maria, que demos uma chance para que ela nos guie até Deus. Ela, que sempre teve uma relação tão especial com o Espírito Santo, como podemos ver no mistério da Anunciação/Encarnação de Jesus, com certeza pode interceder por nós para que também sejamos dóceis às moções do Espírito e para que possamos assim responder o nosso próprio sim ao Plano que Deus tem para nós.
Após o Tempo Pascal, iremos entrar no Tempo Ordinário, que é tempo de fazer vida todas as bênçãos que recebemos de Deus. É tempo para fazer com que a Reconciliação, que nos conseguiu Jesus, seja efetiva na nossa vida e na dos demais. Para isso, precisamos do Espírito Santo. Sem Ele ficaremos como os apóstolos, amedrontados, com as portas fechadas. Mas com Ele, somos capazes de coisas incríveis, que estão muito além do que podemos pensar e esperar. Maria é nossa mãe e quer que estejamos bem-dispostos para receber esse Espírito em Pentecostes, recorramos a Ela que é o melhor exemplo de como dispor nossos corações para essa Graça tão grande.
Fonte: A12

Nenhum comentário:

Postar um comentário