O instituto norte-americano de pesquisas Pew Research Center (PRC) fez uma projeção da situação religiosa do mundo dentro de 35 anos, considerando as oito religiões mais influentes da atualidade (que continuarão sendo as mais influentes durante todo este século).
A pesquisa se baseia em uma série de variáveis demográficas como fertilidade, pirâmides etárias e expectativa de vida nos 198 países do planeta, além de levar em conta a mudança de religião e a migração entre países.
Os muçulmanos são o grupo religioso que cresce com mais rapidez, por terem a taxa de fecundidade mais alta e a população mais jovem. A previsão é de que eles passem de 1,6 bilhão de pessoas (23% da população mundial) em 2010 para 2,7 bilhões (30% da humanidade) em 2050.
Se as estatísticas e matrizes do PRC estiverem certas, os cristãos em 2050 continuarão sendo a população majoritária do planeta, mas os muçulmanos já estarão muito próximos.
Em 2010, os 2,17 bilhões de cristãos representavam 31,4% da população do planeta; em 2050, haverá 2,92 bilhões de cristãos, mas eles representarão os mesmos 31,4% da população.
Um ponto interessante da pesquisa é que, embora a população cristã deva permanecer estável em termos de porcentagem da população global, o prognóstico do PRC destaca que a distribuição geográfica dos cristãos terá mudanças relevantes.
Cerca de 38% dos cristãos de todo o planeta viverão na África subsaariana em 2050. Trata-se de um aumento de 24% na quantidade de cristãos que moravam nessa região em 2010.
Por outro lado, a Europa continuará vendo o declínio da religião que formou a sua identidade. O cristianismo europeu, que já caiu de 66% da população em 1910 para 26% em 2010, deverá englobar apenas 16% da população do continente em 2050.
As pessoas sem credo, atualmente o terceiro grupo mais numeroso do mundo em termos de prática religiosa, também diminuirão de 16% (2010) para 13% da população mundial em 2050, o que se deve à baixa fertilidade e ao envelhecimento da população em países asiáticos, particularmente na China e no Japão, bem como na Europa e nos Estados Unidos. Nestas duas últimas regiões, porém, o número de habitantes sem religião deverá aumentar em relação a 2010.
Superando os sem religião, os hinduístas passarão do quarto para o terceiro lugar na lista, com 14,9% da população da Terra.
Em quinto lugar, mas perdendo quase dois pontos percentuais entre 2010 e 2050, virão os budistas, que terão perdido um milhão e meio de adeptos e passarão de 7,1% para 5,2% da humanidade.
As religiões autóctones, que em 2010 abrangiam 5,9% da população, diminuirão para 4,8% do total, embora os seus seguidores devam aumentar em números absolutos.
O grupo denominado “Outras religiões” na pesquisa do PRC oscilará de 0,8% para 0,7% da população, mas com aumento numérico de 3,3 milhões de pessoas.
Quanto aos judeus, passarão dos 13,86 milhões em 2010 para 16 milhões em 2050, mas a sua participação no total da população mundial permanecerá em 0,2%.
Números absolutos:
O planeta Terra tinha em 2010 6,89 bilhões de pessoas e terá 9,30 bilhões em 2050, um aumento de 2,4 bilhões de seres humanos.
Nessas quatro décadas, o cristianismo terá 749,74 milhões de membros a mais, enquanto o islã terá um aumento de 1,16 bilhão de seguidores. Os sem religião aumentarão em 99 milhões de pessoas; os hindus, em 352 milhões; os budistas perderão 1,5 milhão; as religiões autóctones crescerão em 44,5 milhões de membros; as outras religiões em 3,3 milhões e o judaísmo em 2,3 milhões.
Por: Jaime Septién
Fonte: Aleteia
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